quarta-feira, 27 de julho de 2011

Jornal. Edição Maio


POR QUE SER DIFERENTE INCOMODA?
       

Quando uma pessoa sofre algum tipo de piada, xingamento, conversinhas direcionadas, ser apontada etc. por suas características de cor, etnia, sexo, credo religioso, deficiência física ou mental e ao seu jeito de viver, está se vivenciando um ato de preconceito (quando se fala para si mesmo ou para outros, sem a pessoa “perceber”) ou discriminação (quando já parte para o ato de agressão física ou verbal), que hoje se resume no Bullying.
Imagem de: 3.bp.blogspot.com/
Somos pessoas, e como é de saber de todas/todos, temos comportamento e pensamentos diferentes, mesmo que muitas vezes, em conjunto, entramos em consenso. Quando uma pessoa sofre preconceito ou discriminação, ela está sendo excluída, diferenciada, não está respeitando a questão da subjetividade do outro, que atravessa pelos eixos da crença, do poder e do saber.
Isso tudo está ligado, por Foucault, ao gesto originário de separação sobre o qual se instala uma cultura e que se desenvolve através do tempo, indefinidamente se reproduzindo, por formas as mais diversas do que apenas as da repetição. A exclusão se faz por meio das instituições, dos regulamentos, dos saberes, das técnicas e dos dispositivos.
Com o controle que o meio de comunicação (principalmente os de imagens) exerce na sociedade, para “conjurar” os perigos e também para o papel dos dispositivos de fazer ver e fazer falar, é um grandioso monstro da exclusão que, em nossa cultura, atravessam os discursos: o interdito, o rejeitado, a vontade de verdade, os rituais, a organização do saber em disciplinas, os discursos autorizados, a educação, etc.
Segundo Freud, as pessoas tenta “descontar” no outro, aquilo que está latente dentro de nós e que não temos coragem de encarar, de resolver. Daí surge o ódio surge exatamente pelo fato de o outro externar aquilo que lhe incomoda.
Agora, se olharmos em volta, poderemos perceber que existem pessoas bem diferentes, cada qual com sua qualidade (cabelos, olhos, cor da pele, magro, gordo, alto, baixo, deficiente ou não, se vestir, falar, pensar, comportar) e nada disso faz um melhor que o outro.
     Podemos notar que, mesmo com toda essa diversidade, temos direitos e isso se faz com que todos sejamos iguais apesar das diferenças individuais, o que se chama EQUIDADE. E qual seria a graça se todos nós fossemos iguais? Pense nisso...

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